quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Natal? O que mudou para mim

           Há um ano parei de comemorar o Natal, aquele, o tradicional. Foi em uma tarde de Dezembro que pela primeira vez entendi o significado de inconsciente coletivo. Senti na pele, na cabeça (dor) e no coração (taquicardia). Todos correndo e eu correndo atrás. Entrei no ônibus correndo, corri pela cidade, entrei no banco correndo. Na saída do banco eu pulsava aflita. PARA! Parei. Na porta do banco eu fiquei, estacionei e olhei: tudo parecia em câmera lenta. O que era aquilo? Não, não, não! Foram as minhas respostas. Vieram as perguntas depois: - Por que estou correndo? Aonde todos estão indo? Às compras, é lógico! Dãããããããã! Mas nem compras eu estava fazendo! Decidi naquele instante que não mais faria, que não pertenceria mais àquela loucura! Sabemos que Jesus ( o "aniversariante") não nasceu dia 25 de Dezembro. Pior ainda é comemorar o aniversário um dia antes. Muito estranho. Eu comemoro o meu aniversário no dia em que nasci. Não é isto o usual? E como se come! E como se bebe! Foram longos segundos que passei na porta do banco e fui fuzilada por "questões existenciais" logo ali? No calor, em pé e no entra e sai do expediente bancário? Louca mente a minha, ou para não confundir, mente louca, a minha.
          Meu Natal se perdeu com a partida de minha mãe e com o crescimento do meu filho, que consegui criar fora do consumismo desenfreado. Ainda bem! Não ia ter dinheiro mesmo! Ele tem o que precisa e  pronto! Ainda monto minha árvore de Natal, porque é um momento hilário para mim e meu filho. A árvore é mínima . Não levamos 10 minutos para montá-la e enfeitá-la! Nooooooossssaaa! E rimos muito, sempre!
          Sou cristã de uma maneira diferente, vejo o Natal como o aniversário de um amigo. Se não posso presenteá-lo, estar com ele, penso nele com carinho. Uma maneira de juntar a família também. Um momento para se pensar em sentimentos, em pessoas, reflexões. Mas penso em sentimentos, pessoas e reflito o ano inteiro, então nada muda!
          Presentes? Gosto de presentear mais do que ser presenteada. Mas ultimamente também não ligo para isto.
          Se pudesse, presentearia sim, o mundo todo com abraços, com sorrisos. E até aqueles que me deixaram mal, eu presentearia com perdão. Perdoaria-me!
          Fico imaginando a distribuição de mais de sete bilhões de beijos, abraços e sorrisos.
          É... não dá.
          Nem Papai Noel consegue isto!

        

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