segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Para quem gosta, um poema

SURPRESA

De uma forma inimaginável
A verdade chegou até a mim,
o vermelho tingiu meus olhos:
ardeu!
Desceu e se instalou na garganta
em forma de uma gota.
Gota vermelha
lágrima-sangue
gota de vergonha,
que mente
Vermelho comunista que oprime,
disfarçado de liberdade.
Quero que a gota se rompa, me permitindo falar
todos os meus fatos, todos os meus atos
(falsos e falhos).
Quero que a lágrima flua e passe pelo meu peito
sem provocar muitos estragos.
A gota vai romper e me manchar de um vermelho que não sabia existir.
Esse vermelho a ti chegará,
mas não te sujarás,
pois quando a ti chegar,
só terá sobrado o que de puro eu deixarei
(e como assim eu preciso deixar)
e tua vida seguirá...
tranquila
como assim tem que ser
virando todos os dias
as esquinas das tuas ruas.

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